Preciso voltar o mais rápido possível ao mundo dos sonhos, antes que a realidade me roube a capacidade de sonhar, e de acreditar que um dia eles podem se realizar.
Não quero as coisas
possíveis de ter. Quero os sonhos impossíveis, mirabolantes. Aqueles que eu vou
passar horas e horas imaginando como seria se fossem realizados.
A questão não é realizar,
e sim sonhar. Porque o que é a vida, senão sonhar em poder viver?!
Planos traçados de vida
perfeita já se foram, tiveram sua época e acabaram. Ninguém mais quer aquela
vidinha comum, certinha, imbecil. As pessoas querem ultrapassar seus limites,
vivenciar novas vidas dentro daquela que elas já têm. Até porque, todo mundo
tem suas fases, e um dia tenho certeza que você vai querer olhar para traz e
ver as suas. Talvez rir, chorar, ou sonhar em passar por novas outras.
Pessoas comuns são comuns
no mundo. Eu não quero ser só mais uma, eu não. Sou diferente, e prometo que
vou ser sempre assim.
Sonhar é ficar várias
noites deitado na cama, antes de dormir, imaginando, se deliciando com aquele
gostinho da possível realização. Aquele meio que nó na garganta, sabe? Pela
ansiedade ou por um medinho do que vai vir e como é que vai ser.
Eu quero sempre acreditar
que tudo é possível. E eu quero sonhar muito. E eu quero sonhar com tudo que me
der vontade. E caso não se realizem - e eu sei que muitos não irão - tudo bem.
Só a sensação de ter acreditado que iriam sim, valeu a pena cada minuto que eu
passei pensando neles. Se acontecerem, é conseqüência de alguma coisa que eu
não sei, mas como disse Clarice Lispector: “Viver ultrapassa qualquer
entendimento”.
Um dia, te garanto,
quando você estiver lá pros seus 80 anos, você não vai dizer: “Que vida chata
eu tive”.
(Leo Calcerano)
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